A maioria das pessoas que convive comigo agora, sabe que eu não
acredito em Deus. Mas
andei pensando muito nisso algumas vezes e daí criei uma explicação pra tentar
entender por que as pessoas insistem em dizer que Deus existe e que só tu
sentindo isso pra saber, além desse papo de "olhar pra dentro de ti"
e todas aquelas coisas que costumam nos dizer que não respondem nossos
questionamentos e nem fazem com que simplesmente passemos a acreditar em Deus
ou senti-lo (?).
A conclusão que consegui chegar é que Deus é um sentimento. É
como o amor, é como a saudade, é como a dor, é como a tristeza...
É um sentimento porque até agora ninguém conseguiu explicar de
verdade como é que se sente. Todo mundo sente amor, sente tristeza, sente dor,
mas, cada um manifesta de um jeito diferente e por mais que tentem nos dar
dicas de sensações, geralmente comparando com algo, não conseguimos saber a
dimensão disso. Não conseguimos sentir igual. Por isso é que Deus tem tantas
definições, tantas formas, é por isso que o conceito de Deus é confuso.
O problema nisso tudo é que, mesmo justificando como um
sentimento, personificaram o "dito cujo!” Resolveram dar uma cara pra ele
e superpoderes!
O sentimento Deus é onipresente, onipotente (há controvérsias,
lembrando daquele paradoxo da pedra que não dá pra levantar - depois eu conto
por aqui) e ainda por cima, onisciente. Não contentes, inventaram a Bíblia com
todas as suas "verdades" e contradições. E dentro disso tudo ainda,
alguns homens resolveram contar pro mundo que falaram com o sentimento Deus e o
cara disse pra essa gente aí "guiar suas ovelhas” conforme as coisas que
lhes foram ditas naquele divino momento, então criaram religiões pra dividir a
galera.
Deus um sentimento personificado, com muitas interpretações,
superpoderes, ditador, vingativo ao mesmo tempo em que é bondoso e amoroso
(imagem e semelhança do homem), que "escreve certo por linhas
tortas," que define teu destino decidindo a hora que tu vai nascer e vai
morrer, e ainda assim te dá livre arbítrio (?!), com vários representantes que
pregam a humildade, mas ostentam riquezas, e, o mais interessante: incontáveis
seguidores.
Deus, um sentimento que eu não sei sentir.
E que fique claro, não tenho Deus no coração, mas não é por isso
que serei mau caráter, nunca matei e nem pretendo, sei perdoar, sei me colocar
no lugar do outro, sou capaz de amar, consigo ser ética e minha
"liberdade" não fere ninguém. Tá, às vezes eu magôo gente com algumas
coisas duras que digo ou faço (nada que uma boa conversa não resolva), mas isso
têm muitas pessoas que "conhecem" Deus e também fazem!
Acreditar ou não em Deus não te dá credibilidade. Pelo menos não
deveria ser assim.
Enfim, escrever sobre isso foi uma maneira de externar e tentar
organizar meus pensamentos e em nenhum momento tive a intenção de ofender
ninguém por suas crenças.
Se, conseguir sentir Deus te faz bem e, é nesses moldes que tu
segue tua vida acreditando que é isso que te mantém vivo e feliz, que ótimo.
"Cad'um, cad'um," né?!
Pode crê, eu vivo bem sem ele.
Em tempo:
Acho que o Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa só foram
desmascarados porque as pessoas que nos enganavam (com boas intenções [?]),
quando éramos crianças, resolveram nos contar a verdade em determinado
momento.
Sem palavras. Orgulho de ser teu amigo. Inteligência é tudo.
ResponderExcluirReligião não define caráter. Melhor dizendo, praticar ou não alguns ritos religiosos, não transforma em vinho a água que permeia as células de uma pessoa. Aqueles que tem como uma das metas de vida se tornarem pessoas melhores, evoluírem, crescerem reconhecem-se como ponto focal da própria história, e sabem que a atitude de ovelha de transferir para outros a tarefa de buscar suas próprias respostas traz lições empobrecidas, parciais e às vezes distorcidas mesmo.
ResponderExcluirMais do que meramente possível, decidir-se pelo ateísmo, ou escolher ser agnóstico tende a acontecer com pessoas que tem um conjuntos de valores éticos, morais, humanistas que têm sim seu sistema de crenças, apenas não aceitam tudo que lhes é revelado sem percorrer o caminho lúcido dos questionamentos necessários. Aquilo que se crê tem mais solidez quando resulta de uma exploração da verdade do que a crença que se baseia em uma fé cega, que nada questiona.